Resenha Épica: Finale, de Becca Fitzpatrick

Título: Finale (Hush, Hush #4)

Autor: Becca Fitzpatrick

Páginas: 301

Ano: 2013

Edição: 1º

Nota: 4 estrelas

Nora e Patch pensavam que seus problemas tinham ficado para trás. Hank estava morto, e seu desejo de vingança não precisava ser levado adiante. Na ausência do Mão Negra, porém, Nora foi forçada a se tornar líder do exército nefilim, e era seu dever terminar o que o pai começara — o que, essencialmente, significava destruir a raça dos anjos caídos. Destruir Patch. Nora nunca deixaria isso acontecer, então ela e Patch bolam um plano: os dois farão com que todo mundo acredite que não estão mais juntos, manipulando, dessa forma, seus respectivos grupos. Nora pretende convencer os nefilins de que a luta contra os anjos caídos é um erro, e Patch tentará descobrir tudo o que puder sobre o lado oposto. O objetivo deles é encerrar a guerra antes mesmo que ela venha a eclodir. Mas até mesmo os melhores planos podem dar errado. Quando as linhas do combate são finalmente traçadas, Nora e Patch precisam encarar suas diferenças ancestrais e decidir entre ignorá-las ou deixá-las destruir o amor pelo qual sempre lutaram.

No último livro da série Hush, Hush (Sussurro), Nora está se preparando para liderar a batalha que está por vir entre Nefilins e Anjos Caídos – levando em conta o que aconteceu no seu antecessor, Silêncio – e é assim que tudo começa a se desenrolar. Ela e Patch não podem ficar juntos, uma vez que ambos pertencem a lados diferentes; o que faz muitas intrigas e mistérios surgirem durante as 300 páginas do livro.

Eu tinha criado uma grande expectativa para a chegada desse livro, tendo em vista os acontecimentos do terceiro livro, Silêncio. Então, assim que chegou, corri para ler o mais rápido possível, visando que a narrativa da Becca Fitzpatrick é impecável e viciante. E, antes de qualquer coisa, vamos para a parte não tão feliz da obra.

Senti que esse livro criou grande expectativa para o que não era praticamente nada. Tipo, eu não estou falando que é uma obra ruim. Não é. Mas tudo ficou muito naquele “quase”. Quase aconteceu uma batalha. Quase havia revelações bombásticas, de deixar qualquer um de queixo caído. Quase havia ação. Ou seja, o que quero dizer é que Fitzpatrick tem um dom de fazer com que o leitor voe nas páginas, caçando os mistérios que ela joga nas páginas do livro. Esse é o grande triunfo dela na série, devo admitir. E eu esperava coisas mais chocantes, por assim dizer, mas não foi bem o que aconteceu. E isso me decepcionou um pouco. Ah, tem partes um tanto desnecessárias, que tive impressão que não eram para estar ali ou não foram bem encaixadas.

No entanto, como havia citado acima, o livro foi salvo, principalmente, pela narrativa da autora, e pelo enredo original que introduziu a trama. Porém, senti falta de algo que até agora não sei bem o que é. Mas faltou. Gostei das partes de ação que houve, por que são bem escritas e deixa você grudado até o fim. Becca introduziu elementos místicos bem legais, assim como a revelações dos mistérios, que foram explicados ao final da narrativa. Fiquei impressionado com alguns; outros, não.

Os personagens da trama continuam os mesmo, quero dizer, as características (como alguns guardam mistérios bem reveladores e de deixa – um pouco – o queixo caído). Patch matem a sua postura de proteger Nora do perigo, Vee tem aquele jeito divertido – e misterioso, nesse livro –, Scott é o mesmo (ainda não consegui identificar as características dele), e Marcie possui aquele dom de irritar, sendo que, dessa vez, as coisas pioram. E, finalmente, Nora! Ela estava muito chata, simplesmente. Paranoica. Mas, ainda assim, inteligente, em seus momentos, é claro (ela não é chata igual à Bella, torna-se maleável).

No geral, dou quatro estrelas, pois percebi que esse livro soou um pouco forçado, embora demonstre um desenvolvimento muito bom. Foi um final de série digno, mas só achei um pouco inferior aos demais, nada que prejudique. Ora, Finale tem seu valor! Eu não posso dizer que foi o melhor, mas foi muito bom. Becca fez essa série se tornar a minha preferida quanto a anjos. E fico feliz pela série ter terminado do jeito que terminou. Apenas senti falta de um verdadeiro clímax. Somente.